segunda-feira, 16 de abril de 2018


Caninos grandes e afiados, pele extremamente sensível ao sol, hábitos noturnos e uma alimentação baseada em sangue humano. Com certeza você já deve ter percebido que estamos falando deles, as criaturas das trevas denominadas vampiros. De elegantes lordes a repugnantes criaturas, os vampiros já foram retratados no cinema e na literatura por diversas vezes ao longo dos tempos. Mas tudo bem, não há nada a temer afinal é só uma lenda boba. Ou será que não?
A história mais mais antiga e clássica sobre vampiros na literatura é do grande Conde Drácula, de Bram Stocker. O Conde Drácula pode ter sido inspirado em Vlad Tepes (Vlad III), que nasceu em 1431 e governou o território que corresponde à atual Romênia. Vlad III  era conhecido por sua perversidade e crueldade. Conta-se que certa vez, dois súditos se esqueceram de tirar o chapéu para reverenciar sua chegada e, por causa disso, Vlad mandou pregar os chapéus em suas cabeças.
Recentemente a 'febre dos vampiros' invadiu a mídia. Filmes, série e livros como Crepúsculo, True Blood e Vampire Diaries fizeram sucesso mundial e viraram moda, retratando as criaturas de diferentes formas. De sedutores e encantadores, até crueis e atrozes, o padrão dos sanguinários varia.
Entretanto, enquanto a moda dos vampiros faz a cabeça de muita gente, outros odeiam. Chama de modinha, lendas bobas e historinhas. Bem, nesses casos, está realmente na hora de repensar. Indo além dos fantásticos filmes de Hollywood e das incríveis séries, a história do vampiro pode não ser tão boba assim, e tem muito fundamento histórico.
O Ultra Curioso vai te mostrar 8 sinais de que vampiros podem existir, e vai te balançar a sua certeza 'absoluta' de que essas criaturas são apenas lendas. Leia a matéria e tire suas - sombrias - conclusões.

1. O sangue e a vida eterna

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Segundo a tradicional lenda do vampiro, é sabido que este ser das trevas mantém sua juventude e imortalidade através do sangue humano. Loucura? Pois saiba que foi provado, do ponto de vista científico, que é perfeitamente possível.
Em um dos episódios de uma série de documentários do History Channel chamada 'That's Impossible', descobriu-se que sangue de pessoas jovens possuem uma proteína chamada Delta, com a capacidade regenerativa em pessoas mais velhas. Uma experiência no documentário chamado "That's Impossible! - Eternal Life" aborda o caso de ratos, como exemplo do estudo.
Ao colocarem os animais ligados de forma sanguínea, perceberam que o sangue do ratinho mais jovem deu nova vida ao ratinho mais idoso. Outro exemplo mais perceptível disso são pessoas que receberam transplante de coração de pessoas mais jovens e com vida ativa. Há inúmeros relatos de que eles não receberam só o órgão, mas parte da jovialidade e personalidade anterior do doador.
Ou seja, renovar a juventude com sangue alheio é possível cientificamente falando.

2. A condessa sangrenta - uma vampira?

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O seu verdadeiro nome era Erzsébet (em português é conhecida como Isabel ou Elisabeth) Báthory , mas ficou conhecida como "condessa sangrenta". O motivo? Costumava assassinar suas criadas de forma terrível e se alimentar do sangue delas.
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Segundo testemunhos que depuseram contra a condessa no século XVI, o número de criadas e camponesas que teriam sido assassinadas por ela chegaria a 600. Erzsébet Báthory mantinha em seus calabouços, supostamente, uma série e instrumentos de tortura para tirar o sangue e até pele de duas vítimas, para depois alimentar-se e banhar-se com o líquido vermelho, com o objetivo de manter-se sempre jovem.

3. O verdadeiro Drácula

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O Conde Drácula dos filmes e livros adorava saborear sangue humano, e exercia um forte poder de sedução sobre suas vítimas. Pois saiba que o Conde Drácula da vida real não era diferente.
Conhecido como "Vlad, o Empalador", Vlad III pertencia a uma ordem religiosa chamada de Ordem do Dragão, o que lhe rendeu o apelido de Dracul (daí a derivação Drácula). Ele era um exímio guerreiro, mas a fama de suas crueldades o faziam ainda mas temido.
Dizem as lendas que um dia Vlad viu um aldeão com a camisa toda suja e lhe perguntou se sua esposa era saudável. O aldeão respondeu que sim e sua mulher teve ambas as mãos decepadas. Vlad então arrumou outra esposa para o aldeão e lhe mostrou o que acontecera com a antiga, para que servisse de exemplo. Vlad tinha prazer em comer em frente a suas vítimas com os corpos empalados, ouvindo seus gritos de agonia.
Outro costume que Vlad era fazer suas refeições com um estranho acompanhamento. Entre uma mordida e outra, pães e carnes, por exemplo, era molhados em sangue humano. Esse costume o fez ser taxado de insano e demoníaco.

4. Túmulos e sepulturas

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Alguns túmulos e esqueletos encontrados por arqueólogos, na Europa, mostram que os vivos que enterraram aquele morto tinham fortes razões para crer que ele poderia sair a qualquer momento de seu jazigo...e eles não queriam isso.
Uma das descobertas arqueológicas que ficou famosa foi um túmulo com reminiscências de um suposto vampiro da Idade Média, de cerca de 550 a 700 d.C., em Nottinghamshire, Inglaterra. A ossada achada no túmulo continha espetos de metal cravados nos ombros, coração e tornozelos, segundo o tabloide inglês Daily Mail.
Este esqueleto, segundo os arqueólogos, foi enterrado desta forma por ser um "morto perigoso" (ou seja, as pessoas temiam que ele pudesse ressurgir dos mortos e voltar à vida).

5. O vírus do vampirismo

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O vampirismo pode ser um vírus que já assolou centenas de pessoas na Idade Média. Pelo menos é o que dizem registros médicos daquela época
Segundo o cientista Ludovico Fatineli, o vírus vampírico humano (VVH) seria um micro-organismo causador do vampirismo. Em seu Tratado dos Vampiros, publicado no ano de 1616, o cientista italiano afirma que a espécie de mosca Xenopsylla Cleopsis, que vivia em cavernas habitadas por morcegos sanguíneos, seria hospedeira do vírus VVH.
Os morcegos, ao serem picados pelo inseto, eram infectados e ao saírem para se alimentar do sangue alheio, transmitiam o vírus para os animais e até humanos, que às vezes eram atacados. De acordo com Fatineli, as pessoas contaminadas pelo VVH, se tornariam vampiros e ao morder alguém continuariam propagando a  doença.
A teoria do Ludovico convenceu muita gente, mas o papa Paulo V o repudiou e condenou o cientista a inquisição, Fatineli morreu queimado na fogueira na Praça Central de Florença em abril de 1616.

6. Distúrbios reais

CPB90787 Portrait of George III (1738-1820) in his Coronation Robes, c.1760 (oil on canvas) by Ramsay, Allan (1713-84) oil on canvas 130.8x102. Private Collection Scottish, out of copyright
O comportamento agressivo e violento é uma característica típica de um vampiro. Se analisarmos bem, este fator pode não ser tão absurdo - do ponto de vista científico.
A porfiria, um distúrbio genético que causa o acúmulo de pigmentos vermelhos e roxos no corpo, pode provocar a deformação da pele e do rosto dos portadores dessa doença. Ela pode também desencadear problemas mentais que fazem com que os doentes fiquem agressivos ou bizarros.
Um dos mais ilustres e famosos portadores da doença foi Rei George III, da Inglaterra, que sofria de alucinações e ataques de ira. Por causa disso, claro, ele ficou conhecido através da história como o "Rei Louco". Hoje em dia, muitos pesquisadores alegam que a porfiria foi uma das principais influências na criação do folclore dos vampiros.

7. O poder do sangue

sangue
Muitas culturas e sociedades através dos tempos acreditavam piamente no poder mágico do sangue sobre o ser humano, e pensavam ainda no poder que este poderia exercer sobre o ser humano caso ingerido.
É possível constatar essa crença inclusive em passagens bíblicas. No livro de Deuteronômio, por exemplo, pode ser encontrada uma passagem no mínimo intrigante. No capítulo 12, versículo 23 está escrito: "Somente esforça-te para que não comas o sangue; pois o sangue é vida; pelo que não comerás a vida com a carne;".
O sangue também é associado à imortalidade, como na passagem da Última Ceia, quando os discípulos de Cristo tomam o vinho que simboliza sangue.

8. Evidências e teorias

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E o último sinal de que vampiros podem existir é também o mais óbvio: ora, nunca foi provado de que eles não existem!
Ciências como a Criptozoologia, por exemplo, que estudam seres mitológicos e fantásticos, já provaram que nem tudo é o que parece. Animais como o ornitorrinco e o dodô já foram considerados meras lendas. E hoje há evidências concretas de que existem (ou existiram).
Portante, a ideia de um ser que se alimenta de sangue para manter sua juventude não é lá tão absurda.

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