domingo, 22 de maio de 2016

Temido Conde Drácula pode ter sido enterrado em Nápoles, na Itália



Pesquisadores dizem ter encontrado no sul do país a tumba do homem que inspirou a criação do Conde Drácula, o mais famoso dos vampiros.

Em uma igreja de Nápoles, no sul da Itália, pesquisadores dizem ter encontrado a tumba do homem que inspirou a criação do Conde Drácula, o mais famoso dos vampiros. Esse homem foi o temido príncipe Vlad III, também conhecido como Vlad, o Empalador. O que se acreditava era que ele tinha sido enterrado em sua terra natal, a Romênia.
Como homem das trevas, é um dos mais intrigantes de todos os tempos, não só porque grandes narradores contaram a sua história, mas também porque traz com ele o fascínio da vida depois da morte, a imortalidade, e das mordidas, que ainda hoje seduzem as novas gerações.
Da sua intimidade não se conhece muito. O morto-vivo, que nasceu na Transilvânia, se alimenta de sangue e não pode ver a luz do sol, já apareceu em mais de 50 filmes, mas continua um mistério indecifrável. A ele são atribuídas ainda novas lendas e até sarcófagos longe do país de origem, a Romênia.
Oficialmente, está em Nápoles o túmulo do dono de um cartório que viveu em Nápoles no século XV, mas os símbolos esculpidos no mármore sugeririam outras hipóteses. Alguns estudiosos italianos acreditam que dentro da tumba estão os restos mortais de um personagem que ficou famoso no mundo inteiro, o príncipe Vlad III, que inspirou o conde Drácula.
Igreja Santa Maria La Nova, uma construção erguida pelos franciscanos, no século XIII. No pátio cheio de afrescos, a lápide exibe a figura de um guerreiro. “Uma armadura gótica, o animal cuspindo fogo, representaria a ordem do dragão, à qual o pai do príncipe Vlad pertencia”, diz o advogado Raffaelo Glini.
A palavra Drácula, que, em romeno, quer dizer dragão, foi adicionada aos nomes do pai e do filho. Apaixonado pelas coincidências, Glini afirma que os golfinhos significariam uma região da Romênia, a Dobruja, perto de onde a família de Vlad reinou.

Na história, o príncipe Vlad "Drácula" ficou conhecido pela sua crueldade. Gostava de adotar a tortura típica dos turcos, o impalamento, mas há quem afirme que ele tenha sido também um grande soberano.
Raffaello Glini mostra ainda marcas no chão, indícios de que o túmulo teria sido mudado de lugar. Uma placa, no passado, teria feito parte dele, numa língua que, segundo o advogado, ainda não foi identificada, aparece o nome Blad. “Em romeno antigo, significa Vlad”, afirma.
E como o Drácula, que viveu em um castelo na Romênia, hoje em ruínas, teria vindo parar no sul da Itália? O diretor do museu e pesquisador da Universidade de Nápoles, Giuseppe Reale, acha possível que o príncipe Vlad não tenha morrido numa batalha contra os turcos, como se acredita, embora não existam documentos que comprovem.
A morte do príncipe Vlad ainda é um enigma. “Ele pode ter sido capturado pelos turcos, e com a ajuda do rei de Nápoles, trazido para cá. Esta cidade era muito importante e recebia gente de toda a Europa”, diz Reale.
Uma suposta filha de Vlad Drácula, Maria Balsa, benfeitora na região da Basilicata, onde fica Nápoles, teria articulado o resgate do pai. O rubi, um ponto em comum entre os dois.
Não há nenhuma prova científica. O túmulo está sendo estudado com a ajuda de uma sonda com uma câmera. Ainda não há conclusões, mas os napolitanos gostam de sonhar.
Mesmo que o príncipe real e o conde imaginário, criado pelo escritor irlandês, Bram Stoker, em 1897, se confundam, o vampiro ultrapassou amplamente a glória do guerreiro. E onde quer que o mais famoso dos mortos-vivos realmente esteja enterrado, a literatura e o cinema já garantiram para o Conde Drácula a vida eterna.g1.globo.com

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